Que 2009 seja o ANO DO ENCONTRO e dos REENCONTROS.
Que 2009 nos traga LIVROS inesquecíveis, LEITURAS transformadoras, que nosso AMOR pelos LIVROS seja irradiado a todos os HOMENS do PLANETA.
FELIZ 2009!
Alexandre Duma
Terra em transe - Glauber Rocha
Van Gogh
Além de uma narrativa dinâmica e crítica do CASO VARGINHA o autor, com sua costumeira generosidade intelectual, nos brinda com verdadeiras aulas sobre esse assunto apaixonante, a ufologia científica.
A AUTORA
Lyra Belacqua (Dakota Blue Richards) é uma órfã que foi criada na Universidade Oxford. No mundo em que vive todas as pessoas têm um "daemon", ou seja, uma manifestação de sua própria alma em forma animal. Lyra leva uma vida tranqüila até ela e seu daemon, Pantalaimon, descobrirem a existência de uma substância misteriosa chamada "pó". Isto provoca um estranho efeito nas crianças, o que faz com que as autoridades religiosas se convençam de que representa o mal. Seguindo o misterioso Lorde Asriel (Daniel Craig), seu protetor, Lyra parte em busca de uma resposta. Em Londres ela descobre que diversas crianças estão desaparecendo, entre elas Roger (Ben Walker), seu melhor amigo. Com a ajuda de um instrumento ancestral, que se parece com uma bússola de ouro, ela parte numa jornada que pode alterar o mundo para sempre.
Livro em portuguêsBrochura1ª Edição - 2008 - 728 pág.
A leitura de “A Sombra do Vento” de Carlos Ruiz Zafón é uma experiência impar, onde a reflexão objetiva, as idéias filosóficas, sociológicas e/ou políticas cedem espaço para o simples sentir. Substantivado o verbo, ampliada a semântica, o sentir se torna o nome da subjetividade levada às suas mais assustadoras conseqüências: a perdição pela insanidade.
Carlos Ruiz Zafón



A obra de Autran Dourado – O Risco do Bordado – nos remete aos tempos de meninice no interior das Minas Gerais. Nas fazendas de café, em plena ascensão do ouro verde no mercado exterior, não havia luz elétrica. Ao anoitecer, depois do jantar, nos reuníamos sob a luz do lampião de querosene na ampla cozinha, onde reinava absoluto o fogão de lenha. Os casos contados pelos mais velhos prendiam a atenção da criançada.
Dourado descreve a natureza humana; com suas misérias, patologias, medos, sua coragem, perversões, amores, pelos olhos inocentes de um menino que com sua viagem para a cidade grande, com o fim de completar os estudos, se afasta de suas raízes, mas sem romper o elo com aquelas histórias, com aqueles personagens que povoaram seus sonhos de menino. Já adulto retoma contato através de personagens ainda vivos. É quando Autran permite ao leitor um retorno gradativo, mas eficiente, à realidade não menos poética da existência adulta de João.
Gosto de selecionar um trecho das obras que leio como síntese da narrativa. O Risco do Bordado poetiza sobre o tempo, sobre o amadurecer, sobre juventude e velhice, sobre perdas, enfim, sobre a vida. Ei-lo:
“[...] As coisas mudavam e o tempo passava não só dentro dele e nos olhos dos outros. Havia várias qualidades de tempo: o tempo presente – o tempo dos outros, que depois ele incorporaria à massa geral informe do tempo e seria transformado no seu próprio tempo quando depois ele procurasse lembrar; o tempo passado – o seu próprio tempo, que vivia uma existência paralela à sua, que ele não podia controlar; o tempo das montanhas e das coisas inanimadas (para nós), móveis e fluidas diante da eternidade, o sem-tempo de Deus. [...]”
MINAS by Miari
Quem teve a oportunidade de conhecer as cores vibrantes, o aroma delicado, a brisa estonteante das Minas Gerais do Sul, se afastado sentirá saudades, se presente sentirá orgulho das histórias narradas por Autran Dourado em “O risco do Bordado”.
As fotos aqui apresentadas podem ser apreciadas na página de um talentoso mineiro de Três Pontas, Alessandro Miari. http://www.flickr.com/photos/alessandromiari/
Cada livro que leio me transforma um pouco. Alguns são inócuos, mas não de todo porque me divertem, outros são agradáveis, fornecem combustível para continuar vivendo, outros, ainda, transformam, levam-me às reflexões profundas donde emirjo amadurecida, endurecida, pronta para novas chibatadas. Consciente da minha solidão, mas sem viver na solidão. Os livros não me permitem ficar só. “[...] – Eu sou escritor – disse Traian – Para mim, um escritor é um domador. Quando se mostra aos seres humanos o Belo, isto é, a Verdade, eles amansam. [...]” (p. 260) “[...] – Eu sou poeta, George – disse Traian – Possuo um sentido que os outros não têm e que me permite entrever o futuro. O poeta é um profeta. [...] Tenho que gritar aos quatro ventos, mesmo que o grito não agrade.[...]”
Assim, os escritores vão construindo minha existência, forjando o metal disforme da sensibilidade no mais puro ouro jamais visto – pois que oculto – pelo homem. Isso é alquimia. São, portanto, alquimistas, os escritores.
Há anos passados, na minha juventude, li a obra de VIRGIL GHEORGIU “A 25º. Hora”. Gostei tanto que por algum tempo serviu-me de parâmetro para a leitura do Mundo. No entusiasmo e deslumbramento de minha juventude não pude ir além das mensagens mais evidentes, que se transformaram em slogan para a minha geração.
Hoje terminei a nova leitura do livro de Virgil. Fui tomada de incrível surpresa. Não só por sua atualidade aos tempos hoje vividos (a trama se dá nos primeiros anos do surgimento da Civilização Técnica Ocidental – nos anos 40 do século XX), onde: “[...] O homem por reduzido a uma única das suas dimensões: a dimensão social. Foi transformado em Cidadão, que já não é sinônimo da dimensão de homem. [...]” (p.382)
O sentir perdeu espaço para a estatística. A racionalidade é hoje, formada pela máquina da mídia (4º. Poder) que leva o homem a pensar em bloco, como parte de uma categoria. Essas categorias são identificadas pelo Ibope na programação das televisões. É desintegração do homem individual, que fica à margem percentual dos que “não sabem” ou “não querem opinar”, “[...] e tornar-se-á o riso de toda a gente se quiser levar uma existência individual.[...]” (p.48) Um Ser anti-social , maior pecado para um cidadão do século XXI. “[...] Essa sociedade só conhece algumas dimensões do indivíduo. O homem integral individualmente tomado já não existe para eles.[...]” (p.243)
Certa vez um amigo querido afirmou que sou apaixonada demais, tudo que vivo é intenso, mergulho com paixão nas coisas e por esse motivo não consigo manter o foco, realizar algo importante na Civilização Técnica Ocidental. É verdade, fiquei “em cima do muro”, sobrevivendo da máquina social e me alimentando da existência espiritual. Não me arrependo, pelo menos sobrevivi com o espírito livre.
Vou terminar (pois se continuar jamais poderei encerrar) com o texto em que Nora West, judia romena, rejeita o pedido de casamento do Tenente Lewis, responsável pelo Campo de Concentração Americano na Alemanha pós Hitler. Faço de suas palavras (na íntegra) as minhas, para o Mundo e para aqueles que amo da forma descrita por Nora:
“[...] – Ouça, Sr. Lewis! – disse Nora. – Depois de ter ouvido as declarações de amor de Petrarca, Goethe, Lord Byron, Púchkin; depois de ter ouvido Traian Koruga (seu marido morto no campo de concentração americano) falar-me de amor; depois de ter ouvido as canções dos trovadores e de os ter visto de joelhos diante de mim, como de uma rainha; depois de ter visto matarem-se por minha causa reis e cavaleiros; depois de ter falado de amor com Valéry, Rilke, D’Annunzio, Eliot; como poderia eu tomar a sério essa proposta de casamento que o senhor me atira à cara ao mesmo tempo que o fumo do seu cigarro? [...]”
“[...] – O amor é uma paixão, Sr. Lewis – disse ela – já deve ter ouvido dizer isso, ou, pelo menos, leu-o em qualquer parte. [...] O amor, a suprema paixão, só pode existir numa sociedade que ache que cada ser humano é insubstituível e único. A sociedade a que senhor pertence crê, pelo contrário, que cada homem é perfeitamente substituível.

VIRGIL GHEORGIU nasceu em 1916 na Roménia e faleceu em 1992 em Paris. Estudou em colégios militares romenos, depois na Faculdade de Letras de Bucareste, depois Teologia, na Alemanha. Após a ocupação da Roménia pela União Soviética, em 1944, instalou-se em França onde foi ordenado padre da Igreja Ortodoxa em 1963 e posteriormente patriarca em 1971. Escreveu mais de quarenta livros, entre romances e ensaios.

A autora indica como técnica fundamental a leitura atenta (close reading), pausada, meticulosa do texto para descobrir a real e mais íntima intenção do escritor. Somente desta maneira os detalhes mais preciosos serão notados pelo leitor. Para Prose isso talvez seja corriqueiro, pois como professora de oficinas de escrita e de pós-graduação em MFA (Master of Fine Art's) ela ganha para ensinar utilizando-se destas análises detalhadas.
O livro tem o tom de uma apostila ou manual de oficina literária com muitos trechos de literatura esmiuçados. A autora admite ter escrito o livro para ser usado para tal fim e procura analisar vários aspectos da criação literária, desde a menor estrutura do texto, "Palavras" (capítulo 3), passando por "Frases" (capítulo 4), "Parágrafos" (capítulo 5) até chegar nos estilos de escrita. "Narração", "Personagem", "Diálogo", "Detalhes" e "Gesto" (capítulos 6 ao 9) complementam seus ensinamentos sobre como construir uma história.
Mostra como a maioria das regras ensinadas em oficinas literárias foram quebradas com sucesso pelos grandes escritores. Isso demonstra que escrever é uma experiência pessoal, assim como ler.
O livro não conta nenhum segredo inédito. Tudo o que diz nós já sabemos e a maioria dos livros citados estão disponíveis para leitura em livrarias, sebos ou bibliotecas. Porém o modo simples e claro de analisar o texto revela detalhes que poderíamos ter deixado passar. De brinde traz informações curiosas sobre a vida de escritores famosos como aperitivos aos seus fãs. De que outro modo descobriríamos que Kafka, mestre em iniciar histórias com frases enxutas e marcantes, aprendeu e incorporou esse dom lendo Heirich von Kleist? E que Kleist suicidou-se com a esposa aos 34 anos de idade enquanto faziam um pequenique?A tradução e a qualidade do livro para o português estão em um bom nível, pecando apenas num "quem teria podido pedir" (pg. 15) e num "cismou que ia me sivilizar" (pg. 110) e em um erro de referência (pg. 211) em que o trecho kafkaniano analisado pertence ao livro O Veredito e não ao livro O Processo conforme mencionado. A introdução e acréscimos de Italo Moriconi são pertinentes para "encaixar" o livro americano no rol brasileiro. No final do livro há uma lista de leituras imediatas indicadas pela autora, mas não aparece nenhuma obra em português. Moriconi corrige esta injustiça com uma outra lista somente de livros brasileiros. Assim como todo copo de cerveja puxa outro, a leitura de um livro sempre dá vontade de ler outros e Para ler como um escritor não foge à regra, deixa o leitor louco para conhecer mais sobre Kleist, Tchekhov (que tem o capítulo 10 todo dedicado a ele), Jane Austen, Gogol e Tolstoi.Francine Prose é romancista, crítica, ensaísta e professora de literatura e criação literária há mais de 20 anos em universidades como Harvard, Columbia e Iwoa. Escreveu vários livros, alguns já publicados no Brasil: A vida das musas: Nove mulheres e os artistas que elas inspiraram (2004, Nova Fronteira) e Gula (2004, ARX).
Texto retirado do site: http://www.jefferson.blog.br/2008/05/para-ler-como-um-escritor-de-francine.html




Andreas é desde logo apresentado como um estranho entre os da mesma “espécie”, a partir do momento em que é largado como o único passageiro de um autocarro sinistro, aparentemente sem origem nem destino, como se tivesse caído ali do nada para uma qualquer experiência sociológica. A vastidão e o vazio da paisagem, a ausência de música, apenas o chiar da placa da bomba de gasolina ao vento, faz lembrar “Northfork” dos irmãos Polish, em que o espaço por si só parece ter mais carácter do que qualquer personagem. Deambulando por uma cidade formatada no seio de uma sociedade assustadoramente autómata, vamos conhecendo o seu enfadonho dia-a-dia, em que tenta adoptar os mesmos hábitos dos seus colegas, o bar depois do trabalho, a conversa sobre decoração, o sexo mecânico, os sorrisos plásticos. Mas a sua distinção é sempre evidente, flagrante o seu mal-estar face, por exemplo, à completa e total insensibilidade dos transeuntes perante um suicídio, ou à reacção absolutamente neutra da namorada quando ele lhe diz que a vai abandonar por outra. Porém, o choque do vazio emotivo da sociedade norueguesa que vemos desfilar através dos olhos de Andreas nunca é contrabalançado pelo reconhecimento do drama desta personagem. Ao retratar a apatia das personagens e das situações, o realizador não está mais do que a gerar apatia em nós também.
Ao experenciar o seu desgosto amoroso em relação a Ingeborg, porém, o filme toma um rumo diferente, fazendo o paralelo entre o que Andreas vive e o que pensa/sente. A falta de personalidade e frivolidade daquela são a gota de água para arrasar a sua compostura e o seu mundo certinho é invadido pelo caos da sua mente. Imagens da realidade e imagens do que lhe vai na alma passam a ocorrer numa linha contínua, nunca se revelando onde acabam umas e começam as outras, a metáfora fundindo-se com os acontecimentos do quotidiano.Texto retirado do link:
http://www.fanaticine.net/ineditos_thebothersomeman.htm
http://www.youtube.com/watch?v=Z9eH0nmy0ogNon!
Rien de rien...
Non !
Je ne regrette rien
Ni le bien
Qu’on m’a fait,
Ni le mal,
Tout ça m’est bien égal !
Non!
Rien de rien...
Non !
C’est payé,
Balayé,
Oublié,
Je me fous du passé !
Avec me souvenirs
J’ai allumé le feu,
Mes chagrins, mes plaisirs,
Je n’ai plus besoin d’eux !
Balayé les amours,
Avec leurs trémolos,
Balayés pour toujours
Je repars à zéro...Non!
Rien de rien...
Non !
Je ne regrette rien
Ni le bien
Qu’on m’a fait,
Ni le mal,
Tout ça m’est bien égal !
Non!
Rien de rien...
Non !
Car ma vie,
Car mes joies,
Aujourd’hui,
Ça commence avec toi !

Esta é a Edith Piaf verdadeira, a extraordinária cantora francesa.
http://www.orkut.com.br/FavoriteVideoView.aspx?uid=5700416025827632035&ad=1213541774
Edith Piaf - Non, Je ne regrette rien ( Highest Quality ) Edith Piaf - Non, Je ne regrette rien ( Highest Quality )a truly brilliant song Adicionado: 18:56(41 minutos atrás) Duração: 02:22 Ver esse vídeo no YouTube