domingo, 28 de março de 2010

RETORNANDO DO LIMBO

A perda é recente. A dor não diminui. O conhecimento não ajuda. As crenças menos ainda. Então o que resta é a fuga, para dentro de si e para fora do Mundo. O que resta é o pranto insistente que não lhe deixa ver, não permite a leitura, não favorece o sorriso. O que resta é a escuridão da dor.

Assim, apesar de continuar minhas leituras, não tive “saco” de escrever, de dividir com o outro minhas experiências literárias e cinéfilas. Fiquei assim, prostrada, perdida entre caixas de sorvete, a televisão, os jogos na internet e as minhas leituras – porque dessas jamais me separarei – alguns poucos filmes que não merecem um texto. Com exceção de “A Partida”, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2009. Não que dê muita importância para essa premiação política e patética. “Guerra ao Terror” vencer de “Bastardos Inglórios”? Nem sei se foi indicado.
Tarantino se superou, fantástico, um dos melhores filmes que assisti no ano passado. Também gostei de “Avatar”, mas esse jamais ganharia o Oscar, imaginem um filme cujo o herói é um traidor dos EEUU vencer uma premiação totalmente comprometida com a política nacionalista e tacanha estadunidense!

Enfim, a lista de livros lidos de 18 de fevereiro até agora está ao lado, no Box “minhas leituras”. Merece menção apenas o livro “MORCEGOS NEGROS” de Lucas Figueiredo, jornalista mineiro que efetuou uma excelente pesquisa sobre o Caso PC que resultou na narrativa jornalista, porém muito interessante e instigante, do livro.

O filme que merece menção é “A PARTIDA” de Yojiro Takita, que aborda a visão oriental e budista da morte. Maravilhoso, delicado e sem qualquer maquiagem fantasiosa, o filme nos proporciona a oportunidade de refletir sobre a morte. Aliás o meu tema preferido.

Enfim, tenho certeza que minha ausência não foi sentida. Algumas vezes tenho vontade de encerrar este blog, vejo-o pretensioso e particular demais para ser publicado. Mas me permito um escape, uma válvula que nem sempre funciona, mas que considero importante, pelo menos por enquanto.

No momento o que me dá muito prazer é LOST. A série está fantástica. Estou amando. Pena que não tenho muito com quem conversar a respeito. A maioria dos meus conhecidos não assiste e ou não entendem, e a minoria que gosta está atrasada com os capítulos, não viram nem a 5ª.temporada.

É isso, e só isso.