quarta-feira, 26 de agosto de 2009

HOUSE e a Filosofia - Todo Mundo Mente

Para quem acompanha a série premiada da Universal, gosta e conhece um pouco de fisolofia, é uma leitura excelente.

RECOMENDO.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Semana Especial

Estive fora do ar por alguns dias, problemas com a coluna decorrentes da minha negligência na relação com meu corpo. Como todos os fatos de nossas vidas possuem seu lado positivo, o meu foi a possibilidade de dedicar total atenção às minhas leituras.

Iniciei com a obra de Salman Bushdie – Os Versos Satânicos.
Preciso fazer um parênteses para explicar como esse livro veio dar à minha estante.
Em nenhum momento a obra esteve na minha lista de espera para leitura. No entanto, minha mania de vasculhar sebos me levou a adquirir a tão comentada e polêmica obra, que provocou a ira do Jihad Islâmico.
Iniciei a leitura. Vislumbrei a alegoria utilizada pelo autor, acreditei que seria um desses livros inesquecíveis e repletos de ciladas intelectuais. Mas uma barreira intransponível se colocou diante de minha curiosidade, não tenho qualquer conhecimento, por menor que seja, da cultura islâmica, mulçumana. Alguns trechos se tornaram incompreensíveis e fui obrigada a abandonar a leitura nas 110 de suas 511 páginas. Na verdade pretendo retomar essa leitura, após acessar informações que possibilitem meu diálogo com o autor.

De um extremo a outro, escolhi o livro de Luciano Trigo, Vampiro. Gostei muito, mas tenho ressalvas que logo serão esclarecidas após algumas considerações e transcrições de seu conteúdo.
A narrativa é efetuada pelo protagonista, jornalista cujo nome não é revelado, suas paixões; xadrez e jazz entre outras. Numa narrativa aparentemente caótica e gótica, o leitor compartilha com o personagem narrador da insegurança vivenciada em nossos dias, no Rio de Janeiro, zona sul, a solidão e o individualismo.

Durante a leitura compartilhamos da desesperança do personagem:

“[...] Eu tenho uma teoria: o ser humano não foi geneticamente programado para ser feliz. Comer, dormir, trepar, envelhecer, morrer – estes são os autênticos objetivos de nossa espécie. Em algum momento, porém, os homens encafifaram que tinham que ser felizes. A busca da felicidade é um equívoco, e é sobre esse equívoco que se constroem todas as relações sociais.[...]” e assim vai, todas as mulheres são vagabundas, nada é realmente importante, até que, no final do livro o personagem trava uma conversa com o autor. (Muito legal esse artifício criando um contra ponto no diálogo com o leitor). Nesse diálogo a narrativa, que até então apresentava uma essência existencialista, fica “careta”. Toda a magia da existência do vampiro que o narrador acreditava ser, sua relação com o lado negro que todos nós possuímos, seus temores, é anulado, evaporando-se no discurso “lugar comum” do autor:

“[...] Jovens desorientados, angustiados, donos de uma liberdade inútil, da qual não sabem tirar proveito. Já não se submetem aos valores antiquados de seus pais, mas não sabem que rumo tomar, carecem de referenciais, exemplos, metas.[...]” Pena! Não gostei do desfecho, considerei a análise do autor simplista, fico com os pensamentos perturbados do personagem narrador, são mais literários.

Mas não me arrependo do tempo gasto, o livro é incrível, prende a atenção, bem escrito, uma verdadeira obra de arte. Se concordo ou não.... importância não há, sou apenas uma leitora.


Passsei então à leitura de Anjos e Demônios de Dan Brown. Já havia lido dois livros do autor, O Código da Vinci e Fortaleza Digital. Devo confessar que o estilo Best Seeler já está me cansando. Mas também preciso admitir que a leitura de Anjos e Demônios é bem mais interessante que os dois anteriores. O fantástico está presente em todos os momentos, me fez lembrar os primeiros filmes do Agente 007, quando tudo era possível – ou mais recente – o último Duro de Matar. É divertido, mas é só.
Anjos e Demônios é uma obra em que tudo é permitido, o filme deve ser intenso, movimentado como as melhores películas de ação de Hollyhood.