domingo, 24 de abril de 2016

MEMÓRIAS DE DUAS JOVENS ESPOSAS.



 BELA, RECATADA, DO LAR
"Memórias de duas jovens esposas". Honoré de Balzac

Acabei de ler o romance “Memórias de duas jovens esposas” de Honoré de Balzac, in A Comédia Humana – Estudos de Costumes – Cenas da Vida Privada; Volume 1 – Biblioteca Azul.  

  
A trama se dá entre duas mulheres da aristocracia francesa do século XIX, através da correspondência trocada entre as duas mulheres durante mais de 20 anos desde que deixaram o Convento em que conviveram na meninice.


Adaptação teatral

A trajetória de Renata e Luiza me trouxe à mente a história que estamos vivenciando hoje nas redes sociais, a bela, recatada e do lar, Marcela Temer. Cabem aqui alguns esclarecimentos inevitáveis. Primeiro é uma reportagem da Revista Veja que atribuem à senhora Temer valores desencavados pela jornalista no Século XIX. Não há qualquer participação da protagonista da reportagem, a não ser a autorização de utilização da sua imagem (o que também não tenho certeza, a autorização pode ter sido fornecida pelo próprio Temer, vai saber!). De qualquer forma, a descrição é perfeitamente apresentada no Romance de Balzac na personagem Renata.
Renata casou por interesse, ou melhor, por conveniência, não amava seu Luis, mas se dedicou, abandonou a vida efervescente dos salões de Paris e se refugiou no campo, ao lado do marido e teve três filhos. Sua dedicação é total. É feliz, pois não tem ilusões em relação ao amor, é realizada realizando a felicidade do marido e dos filhos. Cuidando da casa, da alimentação e da prosperidade do lar.
Luiza é independente, escolhe seus amantes. Casa-se por duas vezes, a primeira com um espanhol Felipe, rico e nobre, mais velho, feio, faz a sua riqueza e lhe dá título de baronesa. Luiza ama completamente este homem, faz dele seu escravo e sente ciúmes. Mas fica viúva ainda jovem. Sofre muito, mas logo se casa novamente, com um homem mais jovem e belo, poeta, pobre. Paga suas dívidas e tem por ele total e irrestrito amor, casam-se em segredo. Esse amor leva a heroína à morte aos 30 anos. Por uma traição que não aconteceu, Luiza busca a morte e encontra, perecendo pelos ciúmes.
Renata sobrevive à Luiza porque é recatada e do lar.
Luiza morre porque é escancaradamente cortesã pertencente aos alegres salões de Paris. Luiza foi consumida pela paixão e Renata foi salva pelo amor.
É bem verdade que estamos no século XXI, quase 200 anos após a publicação de um dos romances da Comédia Privada de Balzac. 



Honoré de Balzac

No entanto, nada há de absurdo na escolha dessa senhora em ser bela, recatada e do lar, o que me surpreende é a reação das pessoas, que de certa forma é preconceituosa. Excluímos aí todas as implicações políticas.
Observação: Peço aos meus amigos de plantão que vem dedicando seus dias e suas horas na defesa de um ou de outro lado dos empates políticos  que se abstenham, por alguns minutos, o tempo suficiente de ler este post, e observem apenas o aspecto social da questão. Obrigada.
As inúmeras reações piadistas (permita-me Odorico Paraguaçu), as revoltas desencadeadas pela reportagem, são desnecessárias,  haja vista  a irrelevância da reportagem da Veja. Cada uma de nós escolhe a personagem que quer ostentar, Renata ou Luiza, ou ainda nenhuma das duas, apenas mulher, inteligente, lutadora e empreendedora. E vamos em frente.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Retomada do BLOG

Já lá se vão quase 2 anos que não escrevo aqui no Blog. 
Mudei o gênero de minhas leituras, o que pode ser verificado nas últimas postagens. No momento faço pesquisas sobre a Consciência. estudo história, dou aulas e trabalho com um grupo voltado para os mesmos interesses: a Conscienciologia. Não leio mais romances por falta de tempo, não é porque tenho alguma coisa contra, mas a prioridade agora é outra, é a autopesquisa e a interassistencialidade.

No entanto continuo assistindo os filmes que amo. Dou audiência ao Arte 1 e outros canais que priorizam qualidade.

Enfim, gosto deste blog, não tenho intenção de desativá-lo, portanto, fica aqui o meu compromisso de postar opiniões, resenhas e indicações para vocês, meu seleto grupo de leitores.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

GEORGE SAND

Terminei a leitura do primeiro volume de "A História da minha Vida", de George Sand. 


Meu interesse por essa escritora se deu há pouco tempo. Estava em Itaboraí, no trabalho, ouvindo música clássica por via de uma rádio online quando uma peça em especial me chamou a atenção. Devo esclarecer que sou fã de Mozart, não tenho muita afinidade com os românticos. Enfim, a música causou repercussão no meu cardiochacra, foi impossível conter as lágrimas, coisa que há muito não acontece. Aquela reação me causou estranheza, não sou de chorar com facilidade. Mas logo me recompus e dei tratos à bola.

Por que estava me emocionando com aquele música? Seria por causa de minha mãe? Então decidi buscar o autor: Chopin.


Lembrei-me de um filme que assisti há muitos anos, que me impactou e  contava a história do amor de George Sand e Chopin. Teria alguma relação com essa experiência? Seria por isso que me emocionei? A lembrança de uma emoção passada ainda nesta existência intrafísica? Lembro-me que minha simpatia estava voltada para o pobre músico, tísico, frágil, gênio, sufocado e sugado por aquela mulher voluntariosa.

Resolvi investigar comprando diversos livros sobre a escritora. Até o momento já li alguns, não vai dar para relacioná-los, (estou com todos os meus livros encaixotados e em Foz do Iguaçu, ainda não organizei o apartamento), mas o farei assim que possível. 

Dentre todas as obras que pesquisei a que mais me interessava era a História da minha Vida, autobiográfica e, portanto, crucial para minha pesquisa. Não encontrei. As que encontrei, a coleção completa possui 5 volumes, estavam com preços exorbitantes, de R$ 500,00 a R$ 900,00 em sebos. Até que encontrei uma coleção da Editora Olympio, datada de 1952 (2a.edição) por R$ 100,00, comprei imediatamente. 

Terminei a leitura do 1o. volume, terei agora de aguardar para ler o 2o., também está embalado aguardando minha chegada em Foz do Iguaçu.

Neste primeiro volume a autora faz uma viagem no tempo por via das cartas de seu pai, Maurice de Saxe, pelo século XVIII, a Queda da Bastilha, as Guerras contra a Prussia, Napoleão, enfim, uma maravilhosa viagem que me encanta. Estou verdadeiramente encantada com a narrativa de George, leve, objetiva, clara, quase linear. Suas impressões políticas, seus sentimento de amor pela França. 

A prisão de sua avó pelo regime que se instalou em França após a Revolução, por se de origem nobre. Os sentimentos de seu pai, militar que lutou ao lado de Napoleão. 

Todo o primeiro volume é um livro de história da França, narrativa de Maurice de Saxe para sua mãe Madame Dupin sobre a trajetoria daquele país no século XVIII, através de suas cartas, as primeira para a mãe na prisão, as derradeiras para Nohant, de terras distantes em guerra pelo seu País.

Mal posso esperar para iniciar a leitura do 2o. volume.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

COMO O TEMPO PASSA

Olá Pessoal, há quanto tempo!!!!

Muita coisa mudou na minha vida, a maior mudança está acontecendo neste exato momento, virei a mesa literalmente:
  • me aposentei;
  • me mudei para Foz do Iguaçu.

Legal não é?

Também mudei as minhas leituras, hoje elas possuem um objetivo maior, além do prazer e do entreterimento, minhas leituras se tornaram autoevolutivas. Mas isso é outro assunto.

Estou lendo tudo de autoria de George Sand. Muito interessante essa personalidade: 


  • escritora, 
  • ativista política, 
  • dramaturga,
  • atriz amadora, 
  • cantora amadora, 
  • mãe, 
  • amante, 
  • comprometida com o seu tempo, 
  • francesa, 
  • provinciana por excelencia 
  • e educadora. 
 Interessante!!!!

Enfim, muito há para escrever, no entanto não estou com tempo agora. Estou terminando o primeiro volume de cinco da História da minha vida, autobiográfico de George. Logo estarei postanto minhas impressões sobre a obra.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O DISCURSO DO REI



O DISCURSO DO REI



título original: (The King's Speech)
lançamento: 2010 (Inglaterra)
direção:Tom Hooper
atores:
Colin Firth, Helena Bonham Carter, Geoffrey Rush, Michael Gambon.
duração: 118 min
gênero: Drama
status: Inéditos




Sinopse

Desde os 4 anos, George (Colin Firth) é gago. Este é um sério problema para um integrante da realiza britânica, que frequentemente precisa fazer discursos. George procurou diversos médicos, mas nenhum deles trouxe resultados eficazes. Quando sua esposa, Elizabeth (Helena Bonham Carter), o leva até Lionel Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta de fala de método pouco convencional, George está desesperançoso. Lionel se coloca de igual para igual com George e atua também como seu psicólogo, de forma a tornar-se seu amigo. Seus exercícios e métodos fazem com que George adquira autoconfiança para cumprir o maior de seus desafios: assumir a coroa, após a abdicação de seu irmão David (Guy Pearce).

O filme é leve e agradável.

Destaque para a atuação de Geoffrey Rush, que tempera a trama e deixa a realeza mais próxima da plebe.

A superação do Rei George é possível pelo amparo que lhe oferece a esposa e o terapeuta, que na verdade é um ator frustrado, não possui formação acadêmica, ele auxilia o rei com sua experiência prática de um profissional que se utiliza da voz.

Vale a pena sair de casa e ira ao cinema para assistir o Discurso do Rei.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Hiperatividade é abordada em estudo

De acordo com estudos de especialistas, cerca de 3% a 5% das crianças em idade escolar no mundo inteiro enfrentam problemas de falta de atenção, impulsividade e hiperatividade. Destas, 50% vão continuar a ter dificuldades na idade adulta.Informações. "No início da década de 90, o maior problema com relação à Hiperatividade Infantil era a falta de informação. Ao final, o excesso constituía a dificuldade. Há pessoas que são hiperativas e não sabem. Outras pensam ser hiperativas e não são”, explica a psicóloga e pesquisadora Graça Razera, autora do livro Hipertividade Eficaz: Uma Escolha Consciente.
TDAH. Conhecido como Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), este distúrbio atinge inúmeros pais e seus filhos portadores e se caracteriza por sintomas de desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por vezes agitada, bem além do comum). Em função do pouco conhecimento a respeito, com freqüência esses indivíduos são rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "indisciplinados" e, inclusive, "pouco inteligentes".
O livro, que pode ser encontrado na Biblioteca Pública da Conscienciologia para empréstimo e para compra no Pólo de Pesquisa IIPC, é resultado de 10 anos de pesquisas da autora e teve como ponto de partida a sua própria experiência pessoal com o TDAH. Ela explica que apresentou essas características logo na infância, mas somente as identificou aos 19 anos de idade.
O estudo do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é delineado no livro de modo multidisciplinar, tendo por base a Psiquiatria, a Psicologia e a Conscienciologia. “Muitas pessoas que recebem o diagnóstico da síndrome desconhecem meios práticos para controlá-la, além da medicação”, esclarece a autora.
Em seu livro, a pesquisadora busca conscientizar o leitor a respeito do distúrbio, possibilitando a cada pessoa decidir, por si mesma, o método mais apropriado para um autocontrole maior dos principais sintomas. A pesquisadora defende ainda o princípio de que a hiperatividade infantil pode ser transformada em hiperatividade eficaz na adultidade. “A hiperificácia dependerá do grau de autoconsciência quanto a síndrome e dos instrumentos práticos à auto-reeducação”, afirma.
O estudo sustenta ainda que, sem substituir os tratamentos convencionais, a Conscienciologia pode ser útil como coadjuvante no processo terapêutico, na medida em que o transtorno deixa de ser reduzido a uma simples doença, podendo se transformar-se em um traço-força da personalidade, ou seja, em um ponto forte da pessoa. Isso porque, de acordo com os preceitos consciencioterápicos, nem sempre uma dificuldade biológica implica em uma incapacidade psicológica. “O primeiro passo é o estudo sobre a síndrome e seus sintomas nos mais diversos contextos existenciais”, finaliza.
Atualizado em ( 06-Jan-2010 )

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

ALÉM DA VIDA - Clint Eastwood


Além da Vida 2010-05-22 Francisco

título original: (Hereafter)

lançamento: 2010 (EUA)

direção:Clint Eastwood

atores:Matt Damon, Cécile De France, Frankie McLaren, George McLaren.

duração: 129 min

gênero: Drama


status: Em cartaz

Domingo, 16h20, Cinemark botafogo. Acreditávamos, eu e minha filha, que o cinema estaria vazio. Não só pelo tema (de pouco interesse para a média), mas pela concorrência de vários filmes em 3D que estavam em cartaz nas outras salas.

Surpresa – O cinema já estava lotado às 14h45, quando chegamos para almoçar. Conseguimos dois tímidos lugares no cantinho da sala, na 3º. Fila. Perto demais da tela de projeção.

Mesmo assim compramos os ingressos e, na hora certa, ocupamos os nossos lugares.


Clint Eastwood é uma personalidade instigante. Não só pelo resultado do seu trabalho – sempre muito bem recebido pela crítica e pelo público – mas principalmente pela seriedade com que aborda os temas mais delicados da natureza humana. Com 80 anos de idade, sua atuação como diretor ainda é pulsante, jovem e atual. Um homem que acompanha o seu tempo. Com Clint a arte assume a sua verdadeira face; instrumento para reflexão e crescimento pessoal.

Além da Vida é seu último filme. Com a abordagem do parapsiquismo de uma forma isenta e desapaixonada, aponta as crises humanas, as dores existências e as conseqüências das perdas de entes queridos. Tudo sem qualquer “apelação” ou abordagens “piegas”.


O personagem de Matt Damon é um homem que consegue manter contato com conciexis a partir do toque de mãos dos parentes ou amigos que ficaram nesta dimensão intrafísica. Na verdade o personagem não possui um parapsiquismo dos mais sofisticados, é primário e simples, mas mesmo assim lhe proporciona diversos conflitos, consigo mesmo e com as pessoas com as quais interage. Sente-se amaldiçoado e infeliz.

O trabalho de interpretação de Matt Damon é incrível. Sem qualquer subterfúgio o ator passa a tensão e o peso de ser o homem mais procurado do seu grupocarma. Todos querem manter contato com alguém que se foi, o personagem não aceita a sua situação porque, até àquele momento só ganhou dinheiro, não houve qualquer retorno evolutivo.


O menino que interpreta o Marcus, o que perde o irmão gêmeo num acidente de rua, é fantástico na sua representação de dor e solidão.

O encontro do personagem do Matt com a francesa interpretada por Cécile De France, possui todas as características do encontro da dupla evolutiva. Seus olhares se cruzam, quando Marie está autografando o seu livro sobre EQM, e, imediatamente reconhece sua dupla e é reconhecida por ele. A delicadeza do momento foi mantida pela direção impecável de Clint, que teve o cuidado de manter a naturalidade da cena.

Para muitos pode ter sido um filme monótono, com exceção das tomadas do tsunami, não houve utilização de efeitos especiais nas cenas seguintes. O personagem, quando efetuava um contato, ficava diante do “consulente” (se é que se pode nomear assim) e narrava o que lhe era dito pela consciex acessada por seu parapsiquismo. Sem coloridos desnecessários ou visões alucinógenas.

Indico Além da Vida como um filme sério, sem pretensões maiores do que a abordagem pura e simples de parafatos, sem alarde ou sensasionalismo.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

BALANÇO EXISTENCIAL - 2010

Muita coisa mudou desde o segundo semestre do ano passado.

Voltei de Foz do Iguaçu em agosto. Fui para comemorar o meu aniversário numa retomada existencial. Não podia ter sido melhor.

Em contra partida desviei o foco de minhas leituras. Já não tenho tempo para ler os romances e as ficções que tanto me encantaram. Agora preciso estudar.

De lá para cá efetuei diversas leituras, fiz um curso completo e estou praticando as idéias que acessei há mais de dez anos e que, nesse momento tão especial, estou retomando.

As leituras foram efetuadas na ordem em que serão apresentadas:

1 - Autocura pela Reconcialiação - Malú Balona



Uma leitura imprescindível para a autoinvestigação lúcida. Foi-me indicado pelo consciencioterapeuta. Nele é possível encontrar diversas técnicas elucidativas do estágio evolutivo do pesquisador.

Uma só leitura é insuficiente, face à enorme quantidade de valiosas informações.

Foi o primeiro livro que lí desde a permanencia no CEAEC na semana do meu aniversário. Será minha próxima releitura.

Estou ainda num momento de retomada, já conclui o CIP e o primeiro curso do ano será o ECP1.

Indicação importante para quem prioriza a evolução consciencial.


2 - Nossa Evolução - Waldo Vieira, já havia lido, mas resolvi ler mais uma vez. É um livro prático e excelente para quem não conhece as idéias da Conscienciologia e está interessado em acessá-las. Indico para o pesquisador iniciante.

3 - Evolução em Cadeia - Cláudio Costa

Este livro representa uma leitura interessantíssima. O autor, presidiário, expõe com extrema generosidade as dificuldades que enfrenta para promover a autoinvestigação e catalizar a sua evolução.

"Este livro e um retrato raro de como alguem, estando em um carcere, pode impulsionar lucidamente sua evolucao mesmo em condicoes extremamente desfavoraveis, e que opta nao apenas pelo auto-conhecimento,mas tambem pela tarefa de auxilio aos outros." (IIPC)

4 - Viagens Internacionais - Kátoa Arakaki

É uma obra indispensável para todos os viajantes. Além de ser um manual de viagem com dicas, técnicas, roteiros e pontos turísticos de vários locais do mundo, é também um manual de autopesquisa, pois, viajar não é somente deslocar-se de um lugar para o outro. Pode ser oportunidade para ir de encontro a si mesmo.

Partindo desse pressuposto e utilizando linguagem pragmática a psicóloga Kátia Arakaki direciona o leitor a refletir sobre as relações do mundo íntimo pessoal com o universo exterior e incentiva a ultrapassagem das fronteiras geográficas como primeiro passo para o rompimento de qualquer fronteira ou limites pessoais. O resultado é uma obra útil que favorece a ampliação do senso universalista do leitor-viajante

5 - Manual da Tenepes - Waldo Vieira - Também releitura, já tenho como meta de médio prazo (6 meses) iniciar a minha prática da Tenepes.

Não vou explicar o que seja, se você tiver interessado, compre o NOSSA EVOLUÇÃO. Se você já conhece a Conscienciologia e a Projeciologia, então busque o IIPC no Rio ou em qualquer estado e busque as informações. É importante que você promova a sua investigação.

Os demais livros que busquei nesse periodo são obras voltadas para a pesquisa, livros de leitura permanente, artigos, cursos que frequentei, enfim, meu tempo está completamente comprometido pela minha autoinvestigação evolutiva.

Com este post encerro o exercício de 2010.

2011 será um ano diferente, produtivo consciencialmente. Continuarei postanto minhas leituras e os filmes que mereçam ser comentados.

Desejo a todos os meus leitores um ano de muita evolução, carregado de energias mágnas assistenciais.

"Não acredite em nada nem mesmo no informado pela Conscienciologia, experimente, tenha suas experiências pessoais"

http://www.iipc.org.br

terça-feira, 14 de setembro de 2010

CURRÍCULO

ANÁLIA DE OLIVEIRA MAIA

Brasileira, solteira,

Rua General Glicério, 58/104 Laranjeiras

22245-120, Rio de Janeiro – RJ

Residência: 3546-2942 / Celular: 9310-7840

anaolimaia@yahoo.com.br




OBJETIVO


Atuar no Ensino médio e/ou na graduação de letras, lecionando redação, literaturas brasileira, portuguesa, africana de língua portuguesa e teoria da literatura.


FORMAÇÃO


Graduação

LETRAS – UNIS – Centro Universitário do Sul de Minas (dez/2001)

Direito – UFF – Universidade Federal Fluminense (dez/1974)


Pós-graduação – Especialização

Informática na Educação – Universidade Federal de Lavras (MG) (2002)

Direito Privado – UFF – Universidade Federal Fluminense (1997)


Cursos Complementares

Extensão universitária em Formação de Tutores de ensino a distancia (340h)

Extensão universitária em Ambientes Virtuais de Aprendizagem – Novas Ferramentas para EaD (40h)


HISTÓRICO PROFISSIONAL


Escola SESC de Ensino Médio – 2007

Consultoria Pedagógica – Elaboração do Projeto Pedagógico para o ano letivo de 2008


ITEC – Instituto Tereza Coutinho – fevereiro/2005 a dezembro/2006

Ensino Médio – Redação e Literatura


Colégio Evolução – fevereiro/2005 a dezembro/2006

Ensino Médio – Redação e Literatura


UNIS – Centro Universitário do Sul de Minas – de fevereiro/2004 a dezembro/2004


Projeto VEREDAS – Curso Normal a Distância – Iniciativa da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais – extensiva à rede pública estadual e municipal (2002/2004) Varginha (MG)


Sistema ANGLO de Ensino (Colégio Cetem de Varginha)

Literatura e Redação - 2000 até 2004


Colégio Objetivo de Lambari (MG)

2001 até 2003


Colégio Etapa Sapiens de Varginha (MG

Literatura e Redação - 1999


TRABALHOS ACADÊMICOS


Publicação do TCC – UFLA – no site:

www.rxmartins.pro.br/tecduc/mono-analia.pdf


Revista Interação – UNIS/MG

Revista Acadêmica do UNIS – Título: “Síndrome do Estrangeiro – Uma leitura das personagens Joana e Lori de Clarice Lispector”. (2002) – Varginha (MG)


USP – Menção Honrosa – Trabalho: “Síndrome do Estrangeiro – Uma leitura das Personagens Joana e Lori de Clarice Lispector”

Orientadora: Dra. Aparecida Maria Nunes


PRINCIPAIS REALIZAÇÕES


Palestras acadêmicas ministradas em todo o Sul do Estado de Minas Gerais:

O universo da Narrativa em prosa, verso e imagem

O trabalho com a Poesia

A Formação do Leitor

Matrix – Uma Leitura do Mito da Caverna de Platão


UNIARTE – Criação do Grupo de Teatro Universitário e montagem de peças adaptadas de clássicos da literatura brasileira e portuguesa:

Abapuru – Aquele que come

João e Maria no País da Poesia

Auto da Barca do Inferno

A palhaça Margarida apresenta: Um circo literário

O Rei da Vela

Episódio Inês de Castro – Um drama português

Fernando por pessoas – a poesia de Fernando Pessoa


IDIOMAS

Francês e Espanhol - Básicos


domingo, 15 de agosto de 2010

O VERMELHO E O NEGRO


Há, pelo menos, 30 anos li a obra de Stendhal “O VERMELHO E O NEGRO”. Cansada da literatura atual, optei por reler os clássicos universais. Como escrevi no post anterior, iniciei com “CRIME E CASTIGO”.
Hoje terminei a leitura de Stendhal. Definitivamente o livro não era o mesmo, a história completamente diferente e a personagem, Julien Sorel, uma surpresa.

Lembro-me da antipatia que ele me despertou na primeira leitura, da desconfiança que tinha do seu caráter. Não entendi Julien, mas agora, na maturidade, posso compreendê-lo e a antipatia se esvaeceu na reflexão e no impacto que sua personalidade me causou.

A leitura é encantadora, o autor, em suas digressões (que lembram Machado), nos inclui na elaboração da narrativa: justificativas, esclarecimentos e até desculpas nos são dirigidas em alguns parágrafos.

Selecionei algumas passagens, mais pela identificação que logrei com estas do que pela preocupação em transmitir, aos meus leitores, o que quer que seja. Das escolhidas, vou transcrever poucas, para não cansa-los e para não furtar-lhes o prazer da leitura.

STENDHAL (Marie-Henry Beyle)

DE JULIEN, na prisão, pois só aí se vê diante de si e identifica-se enquanto homem-provinciano-especial-único:

Diante da morte:

“[...] Palavra, se eu encontrar o Deus dos cristãos, estou perdido: é um déspota e, como tal é cheio de idéias de vingança; sua Bíblia só fala de punições atrozes. Nunca o amei; nunca quis mesmo acreditar que o amassem sinceramente. Ele não tem piedade.”

Ainda no calabouço, quando consegue se definir:

“[...] Não se conhecem as nascentes do Nilo [...] não foi dado aos olhos do homem ver o rei dos rios em estado de simples córrego; assim também nenhum ser humano verá Julien fraco, e antes de tudo porque ele não o é. Mas eu tenho um coração fácil de comover; a mais simples palavra, se for dita com um acento verdadeiro, pode enternecer minha voz e mesmo fazer correrem minhas lágrimas.”

Escolhi duas digressões metalingüística de importância para os leitores conscientes:

“[...] Senhores, um romance é um espelho que é levado por uma grande estrada. Umas vezes ele reflete aos vossos olhos o azul dos céus, e outras a lama da estrada. E ao homem que carrega o espelho nas costas vós acusareis de imoral! O espelho reflete a lama e vós acusais o espelho! Acusai antes a estrada em que está o lodaçal, e mais ainda o inspetor das estradas que deixa a água estagnar-se e formar-se o charco.”

Numa digressão onde o autor conversa com o editor que lhe cobra a transcrição de uma conversa política e responde:

“[...] A política – respondeu o autor – é uma pedra amarrada ao pescoço da literatura, e que em menos de seis meses a submerge. A política no meio dos interesses da imaginação é como um tiro no meio de um concerto. É um ruído que é cruel sem ser enérgico. Não harmoniza com o som de nenhum instrumento. Essa política irá ofender mortamente metade dos leitores, e aborrecer a outra, que a viu de uma forma muito mais interessante e energia nos jornais da amanhã...”.

Pois bem, concordo completamente com o autor, um homem complexo e incompreendido em sua época, que foi obrigado a escrever pouco posto que necessitasse sobreviver, trabalhar.

Julien só mergulhou em si após a prisão, na solidão do cárcere identificou sua verdadeira natureza e alcançou o estado de felicidade, até então impossível para o pobre provinciano filho de um carpinteiro.

Conforme atesta a digressão metafórica do espelho, Stendhal não esconde a vileza, a imoralidade e a hipocrisia da época e, de hoje, que reinam absolutas nas mais diversas sociedades humanas.

Espero viver o bastante para reler obras dessa natureza, para identificar-me na leitura madura de livros já lidos há tempos passados.

domingo, 8 de agosto de 2010

CLASSICOS DA LITERATURA

Estou num momento muitos especial. Nem sei dizer porque especial... talvez caótico seja o adjetivo mais adequado. Mas isso não importa, o que interessa aqui, para este blog é que decidi reler os clássicos internacionais que marcaram tanto a minha juventude.
Dei preferência por aqueles mais distantes da minha memória. Iniciei com "CRIME E CASTIGO" de Dostoiévski. Incrível como a obra literária se modifica pela atuação do leitor. Não foi a mesma leitura que efetuei há mais de trinta anos, não foi a história de um rapaz aterrorizado por sua realidade imutável, foi além, foi experiência de reflexão profunda, de tirar o sono. A leitura se aproximou mais de uma abordagem filósofica desta vez. Na primeira leitura era tão jovem, havia tão pouco na minha bagagem de vida. Não possuia referências existenciais para ler nas entrelinhas.
Valeu as noites insones.
Agora estou lendo "O VERMELHO E O NEGRO" de Stendhal. Na época me pareceu um romance de amor, a paixão de um campones por uma dama da sociedade francesa, provinciana e inocente paixão. Mas agora.... a leitura mudou de tom, suas cores ficaram mais acentuadas. Estou na metade do livro.
Enfim, continuarei por aí.