terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Hiperatividade é abordada em estudo

De acordo com estudos de especialistas, cerca de 3% a 5% das crianças em idade escolar no mundo inteiro enfrentam problemas de falta de atenção, impulsividade e hiperatividade. Destas, 50% vão continuar a ter dificuldades na idade adulta.Informações. "No início da década de 90, o maior problema com relação à Hiperatividade Infantil era a falta de informação. Ao final, o excesso constituía a dificuldade. Há pessoas que são hiperativas e não sabem. Outras pensam ser hiperativas e não são”, explica a psicóloga e pesquisadora Graça Razera, autora do livro Hipertividade Eficaz: Uma Escolha Consciente.
TDAH. Conhecido como Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), este distúrbio atinge inúmeros pais e seus filhos portadores e se caracteriza por sintomas de desatenção (pessoa muito distraída) e hiperatividade (pessoa muito ativa, por vezes agitada, bem além do comum). Em função do pouco conhecimento a respeito, com freqüência esses indivíduos são rotulados de "problemáticos", "desmotivados", "avoados", "indisciplinados" e, inclusive, "pouco inteligentes".
O livro, que pode ser encontrado na Biblioteca Pública da Conscienciologia para empréstimo e para compra no Pólo de Pesquisa IIPC, é resultado de 10 anos de pesquisas da autora e teve como ponto de partida a sua própria experiência pessoal com o TDAH. Ela explica que apresentou essas características logo na infância, mas somente as identificou aos 19 anos de idade.
O estudo do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é delineado no livro de modo multidisciplinar, tendo por base a Psiquiatria, a Psicologia e a Conscienciologia. “Muitas pessoas que recebem o diagnóstico da síndrome desconhecem meios práticos para controlá-la, além da medicação”, esclarece a autora.
Em seu livro, a pesquisadora busca conscientizar o leitor a respeito do distúrbio, possibilitando a cada pessoa decidir, por si mesma, o método mais apropriado para um autocontrole maior dos principais sintomas. A pesquisadora defende ainda o princípio de que a hiperatividade infantil pode ser transformada em hiperatividade eficaz na adultidade. “A hiperificácia dependerá do grau de autoconsciência quanto a síndrome e dos instrumentos práticos à auto-reeducação”, afirma.
O estudo sustenta ainda que, sem substituir os tratamentos convencionais, a Conscienciologia pode ser útil como coadjuvante no processo terapêutico, na medida em que o transtorno deixa de ser reduzido a uma simples doença, podendo se transformar-se em um traço-força da personalidade, ou seja, em um ponto forte da pessoa. Isso porque, de acordo com os preceitos consciencioterápicos, nem sempre uma dificuldade biológica implica em uma incapacidade psicológica. “O primeiro passo é o estudo sobre a síndrome e seus sintomas nos mais diversos contextos existenciais”, finaliza.
Atualizado em ( 06-Jan-2010 )

Um comentário:

Maria das Graças Razera disse...

Anália Maia, muito grata pela resenha do meu livro com grande precisão.