terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

CARNAVAL 2010

Este ano não foi igual àquele que passou. Continuei trancada em casa, como em todos os carnavais, é muito calor humano para o meu temperamento solitário, no entanto não peguei a montanha de filmes que costumo alugar nessas datas populares. Preferi ler, ir ao cinema e ver televisão - Lost já iniciou a última temporada.... Além das novas temporadas de CSI, CSI New York, NCIS, Criminal Mind e outras. Adoro séries! Mas este é outro assunto, para breve, assim que os mistérios da melhor série desde Friend forem revelados, prometo uma matéria a respeito.


O Filme que assisti por duas vezes foi AVATAR, infelizmente ainda não me sinto apta a qualquer comentário que não caia no lugar comum: maravilhoso, adorei, fiquei em choque, enfim, essas bobagens que dizemos quando estamos sob intenso entusiasmo. Também ficará para depois.

Dei início a leitura de um livro, não vou dizer o título nem o autor, mas não consegui terminar, um horror. Mas como sou benevolente e sempre dou o maior número de chances que minha paciência permite, li até a metade do livro. Então desisti, nada aconteceria, a narrativa girava em torno de sí mesma, sempre repetindo e nada acrescentando. Há autores que acreditam que o número de páginas é um dado de valor na obra. Deixa prá lá!


Foi Gabeira que elevou o nível das leituras de carnaval. "Sinais de Vida no Planeta Minas" é uma obra simples, belíssima e profunda. Utiliza a história que chocou o meado dos anos 70 (lembro-me bem da notícia) da morte de Angela Diniz por Doca, e faz uma merecida homenagem às mulheres das Minas Gerais. Cruza as história de Beja e Chica da Silva com a da Tia Pantera. Nâo é uma comparação, como muitos leitores desavisados poderão entender, trata-se do amor que só nós, alienígenas do planeta Minas pode sentir, o amor pelas montanhas, pelo sotaque (às vezes paulista outras baianos) da tradição, das características únicas de uma sociedade secular alicerçada pela família.

Tenho orgulho de ter minhas raízes nas Gerais, apesar de ter nascido no Rio - um acidente provocado por meu pai rebelde.

Enfim, o calor me enlouqueceu, não dei sorte com os livros escolhidos, mas, mesmo assim, foi melhor que me enfiar na barbárie de centenas de almas suadas, bêbadas e barulhentas.

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